Pras bandas do poente Ergueu-se uma barra Calou-se a cigarra Assim de repente E um som diferente Ponteou de guitarra, E um som diferente Ponteou de guitarra
Lá longe, bem longe Faísca e troveja Silêncio de igreja Com ecos de bronze Nas preces do monge No amém do assim seja Nas preces do monge No amém do assim seja
Tropeando a lonjura, O tempo que berra Farejo mais serra Que o vento procura E a chuva madura Traz cheiro de terra E a chuva madura Traz cheiro de terra...
O tempo desaba, O mundo se adoça Na água que empoça, Mais mansa ou mais braba A seca se acaba, E tudo remoça A seca se acaba, E tudo remoça
Nas almas sedentas Não é diferente As barras do poente Que se erguem violentas Depois das tormentas, Acalmam a gente Depois das tormentas, Acalmam a gente
Se as safras perdidas Tivessem gargantas Podiam ser santas Das searas da vida São tão parecidas As almas e as plantas São tão parecidas As almas e as plantas
Tropeando a lonjura, O tempo que berra Farejo mais serra Que o vento procura E a chuva madura Traz cheiro de terra E a chuva madura Traz cheiro de terra
O tempo desaba, O mundo se adoça Na água que empoça, Mais mansa ou mais braba A seca se acaba, E tudo remoça A seca se acaba, E tudo remoça...
Compositores: Jayme Caetano Braun, Leonel da Silva Gomes (Leonel Gomes) ECAD: Obra #242429 Fonograma #1201865