"Fumaceia a boca da estufa E remolimos no angico Pinga a graxa do granito Pra churrasquear a peonada La maula,que madrugada Se plantou por esses campos E um suavezito vento manso Vem levantando uma geada"
Um poncho de gola parda Se descansa sobre os ombros E os recaus se vão sentando Nos lombos de pelo grosso Manhã fria de céu osco Nem o sol teve a coragem De madrugar com esta aragem Semblante jeito de agosto
Tem ganas de ser garoa Essa manhã que chegou fria A indiada ajeita a encilha E pros arreios já alcança Um laço de boa trança De cinchar rês atolada Pra aliviar duma coreada Por vaqueano, um peão de estância
Manhazita fria de maio Trouxe uma geada temporona Com serviço pra cambona Recostada outras fogueiro Chogou o inverno mais cedo E um pelego preto estaqueado Amanheceu atobianado Lá debaixo do arvoredo
Neste garrão de Rio Grande Passo um inverno atrás do outro Sovando garras e potros No largo das sesmarias Nos galpões brasa e astilhas Retovos de madrugada E um mate de erva lavada Pras manhãs de geada e encilha