Você jogou fora o que era seu Cuspiu no prato em que comeu Seu proceder não foi sério
Me trocou por alguém eficiente até mesmo mais potente perpetrou-se o adultério
E eu fiz vista grossa, meu amor mas bem sei que você me trai com um microcomputador
Vi você com ele em nossa cama disputando videogame e fliperama
Mas previna a este fruto da Ciência deturpada que amanhã vou arranca-lo da tomada
(Para mim meus amigos a gota d'água foi encontrar no diário dela este papel. Trata-se do "Soneto da Eletricidade" onde ela num estilo Vinícius declara seu amor aquele amontoado de chips. Assim dizia o poema...)
"De tudo ao meu computador serei atenta Antes, e com tal zelo, e sempre e de modo tão terno Que mesmo diante de um modelo mais moderno Dele serei sempre a tiete mais sedenta Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de pagar as contas da Light Que alimenta os seus megabytes Sem nenhum pesar ou descontentamento E assim, quando mais tarde, num outro dia Quem sabe a assistência técnica, Angústia de quem vive, Pedir pelo seu concerto uns 800 paus Eu possa dizer do computador (que tive) Que não seja imortal posto que é fabricado em Manaus Mas que seja infinito enquanto dure a garantia."
Vi você com ele em nossa cama disputando videogame e fliperama
Mas previna a este fruto da Ciência deturpada que amanhã vou arranca-lo da tomada.
Compositores: Carlos Antonio de Melo e Castelo Branco (Carlos Ant), Cassiano Jose Azevedo Roda ECAD: Obra #143747 Fonograma #945455