Meu sonho era ir pro velho oeste Dar uns tiros de pistola e de canhão Fazer tudo o que o John Wayne fazia Com as filha dos cacique valentão
Meu sonho era ser um texano Dos bem bacano, o xerife mais temido Daqueles que chega em casa e beija o cavalo E na muié finca um tapão no pé do ouvido
Me lembro dos meus tempos de pixote Nóis ia no cinema de domingo Pra ver aqueles filme engajado Dólar furado, Batmasterson e Ringo
O Rin-Tin-Tin era um big de um artista Era racista, só mordia as indiarada Porque nos filme bang-bang que se preza Pele-vermelha sempre vira carne assada
Tirei passaporte pro Arizona Meu sonho ainda era ser caubói Quando cheguei nos Estados Unidos Fui recebido com as honra de um herói
Xerife me deu um revólver de prata E disse: "Mata quantos índio ocê quiser Porque aqui o cabra que matar mais índio Tem por troféu a mais formosa das muié!"
Fui dando tiro a torto e a direito Matei uns dez indígenas medonhos Casei com um muierão de sete parmo Depois mais carmo vi que tudo era um sonho
Eu nunca fui caubói no Arizona Tô no Amazonas faz uns quatro mês ou mais Não devo nada pros caubói que tem no Texas Pois ando armado, a serviço da Funai Não devo nada pros caubói que tem no Texas Pois ando armado, a serviço da Funai... Yeah!
Compositores: Carlos Antonio de Melo e Castelo Branco (Carlos Ant), Lizoel da Costa Leite (Lizoel Costa) ECAD: Obra #98225 Fonograma #945401