Lisandro Amaral

Catedral

Lisandro Amaral


Também de pedra - meu cantar não se terminar;
CaĂ­do ao solo, beijo a terra e escrevo a sina...
Terra vermelha Ă© minha cor no arrebol,
Pois tenho sol no sangue em paz que me ilumina.

Também de bronze, estou de joelhos, catedral,
No pedestal que cala os sinos, faço prece...
Quem nĂŁo merece - a terra em si - terĂĄ perdĂŁo,
Pois gratidĂŁo a vida tem e nunca esquece!

Dormem aqui ruĂ­nas Ă­ndias e horizontes,
Bebendo a fonte do silĂȘncio natural...
Senti teu cheiro, mão divina, em berço livre,
Hoje o que eu tive foi tua bĂȘnção, catedral.

Seguem aqui emplumados guaranys,
No bem-te-vi, no joão-barreiro e entre os guardiÔes,
Querendo sempre querer mais que o quero-quero;
Sei o que espero e busco aqui - muitos perdÔes...

Também de vento, estou soprando em ti, templårio,
No pedestal que fala o tempo, a crosta esquece;
Ouvindo prantos que derramam tua imagem,
Achei coragem e sou guardiĂŁo, com pena e em prece.

Hoje o que eu tive foi tua benção - catedral.

Compositores: Guilherme Araujo Collares da Silva (Guilherme Collares), Lisandro Amaral Briao (Lisandro Amaral)
ECAD: Obra #19507686 Fonograma #2462398

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