Para O Olhar de Quem Sente Com permisso ou sem permisso... Por milonga, apeio e canto! Renasci de um campo santo “Alumbrado por fogones” E de “Gauchos cimarrones” Também trago a rebeldia, Na sincera melodia Devo ser um Guarany Que canta e que sente em si: Alma, Campo e Nostalgia Se a verdade galopeia Noite adentro, alma afora Feito umbu, que hoje escora A linguagem dos “fogones” “Son los Gauchos cimarrones” Que irmanaram rebeldia Na sincera melodia Que teimo em cantar aqui, É porque “Gaucho” nasci: Alma, Campo e Nostalgia Choro o triste do meu povo Massacrado tempo adentro E busco a força dos ventos Fechando os olhos pra o mundo... Meu verso - pampa fecundo – Também vem do campo santo E fez um dia meu pranto Renascer cá na cidade, Onde um cantor de verdade Parou pra ouvir o que canto... Era o sabiá andarilho Do céu de todos os meus, Do céu pintado por Deus Para o olhar de quem sente Sabiá de canto dolente Pousou pra ouvir o que tenho E sentiu porque mantenho As precisões de cantar, Não me peçam pra parar Quem não sabe de onde venho! Há, na verdade do homem O olhar de quem o criou... E pra quem nunca escutou A singeleza dos ventos Nenhum sabiá – céu adentro Deve entender “yo no creo”! Bueno! Componho os arreio, Por milonga, me despeço E quem não sabe o que peço Vá descobrir da onde veio!
Compositores: Guilherme Araujo Collares da Silva (Guilherme Collares), Lisandro Amaral Briao (Lisandro Amaral) ECAD: Obra #2105400 Fonograma #1066435
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