Tenho canções no assovio Que juntei dos corredores Misto de amargos e flores Refrãos de sangas e grotas Sinais de loros nas botas Riscos de espinho e espora Ontem marcando o agora Em cada verso que brota
Final de esquila na Estância do Arbolito A trotezito larguei meu rumo na estrada Pealei uns potros lá na Estância do Açude Vim "jogá" um truco na venda da encruzilhada
Osvaldo Moura, João da Guarda e o Marino Tavam domando na Estância das Casuarinas Potrada linda com vigor de campo bueno Trote sereno e maçaroca nas crinas
Escola antiga do tempo do Diamantino Índio sulino com sabedoria pampa Tinha marcantes traços da gente charrua Na fronte nua livro de história na estampa
Xucras vivências pelos rincões do meu pago Por isso trago no meu olhar de lagoa Saudade funda nublando os rumos que tenho De onde venho e a própria vida encordoa
Nesses caminhos beirando canhadas Enxergo meu tempo na sombra que faço Colhendo milongas das aves que cantam E os pastos levantam depois do meu passo
Vive a carência no meu canto de a cavalo No jeito antigo que tenho de tempos findos Da gente nobre que tinha campo no rosto Da estância ao posto naqueles tempos tão lindos!
Compositores: Eron Vaz Mattos, Cristian Duarte Camargo (Cristian Camargo) ECAD: Obra #11502393 Fonograma #25320318