Será meu Deus que foi coisa do pescador
Será meu Deus que foi coisa do pescador

Será meu Deus que foi coisa do pescador
Escrita na vela, no vento vai ela
levando as histórias e a cor

Será meu Deus que foi coisa do pescador
Explode no casco, lavando o rastro
que o chão do recife marcou

O tempo é vasto quando se espera o peixe fisgar
E o descompasso é desconhecido pela teimosia do mar
Que manda as ondas em ritmo lento
e espalha espuma na areia
Hasteia as histórias que eu vim pra escutar

Tem do vaqueiro chamado misterioso
Que espanta todo o povo com sua sede de montar
Tem da menina que vivia na janela
E a mãe ficava uma fera
porque assim não ia conseguir casar

Tem da Iara, mãe d? água
E tem do boto sereia
Tem do caboclo piranha
E tem do homem de areia

Será meu Deus que foi coisa do pescador
Será meu Deus que foi coisa do pescador

Será meu Deus que foi coisa do pescador
Escrita na vela, no vento vai ela
levando as histórias e a cor
Será meu Deus que foi coisa do pescador
Explode no casco, lavando o rastro
que o chão do recife marcou

Eu tô de longe, feito um balão
que queima pra te acompanhar
Teu cheiro bom, que é de cravo e canela
acalma o mar de Iemanjá
E agita o meu peito como já tem feito
faz de tudo, incendeia
Me aceita, porque eu queimo pra te acalentar

Tem do vaqueiro chamado misterioso
Que espanta todo o povo com sua sede de montar
Tem da menina que vivia na janela
E a mãe ficava uma fera. Não ia conseguir casar

Tem da Iara, mãe d'água
E tem do boto sereia
Tem do caboclo piranha
E tem do homem de areia

Será meu Deus que foi coisa do pescador
Será meu Deus que foi coisa do pescador
Será meu Deus que foi coisa do pescador
Será meu Deus que foi coisa do pescador