Com a canga de madeira os bois carregam A carga no velho carro em seu vai e vem Com a canga do meu destino eu carrego a vida E vida carrega as dores que o mundo tem
As dores vêm de meus sonhos despedaçados Estrada esburacada que em mim ficou Por onde puxei meu carro de amor desfeito Até que a canga do tempo me calejou
Todos temos nossa canga mas nós não vemos Puxando a pesada carga da solidão Até que o carro da vida um dia pára No lamaçal sem saída do coração
Canga de madeira forte foi desgastando Pelas estradas batidas desses sertões A canga do meu destino é bem mais dura Porque foi feita por muitas ingratidões
Sobras de amores ficaram pelos barrancos Recordações se perderam nos areiões Ficou o pó da saudade no cabeçalho No choro das minhas mágoas nos seus cocões
Todos temos nossa canga mas nós não vemos Puxando a pesada carga da solidão Até que o carro da vida um dia pára No lamaçal sem saída do coração
Honorio - Rio Claro/Sp
Compositores: Jose Fortuna (Ze Fortuna) (UBC), Jose Plinio Trasferetti (Paraiso) (UBC)Editores: Fortuna (UBC), Peermusic do Brasil (UBC)Publicado em 1997 (01/Jul)ECAD verificado obra #1324432 e fonograma #24023 em 29/Out/2024 com dados da UBEM