O meu pai trouxe da mata em sua última caçada No biguá um filhotinho de uma onça pintada Criamos na mamadeira orgulho da molecada Nenhuma fera silvestre deve ser aprisionada Vieram os homens da lei mandaram soltar outra vez Naquela mata fechada
Meu irmãozinho caçula com isso não conformava Caiu de cama doente o seu mal ninguém achava Já estava desenganado e só na onça falava E numa tarde chuvosa quando a esperança findava A onça estava de volta passou esbarrando na porta E foi direto onde ele estava
No seu bercinho de esteira a onça se acomodou Acariciando o menino pertinho dela deitou Meu irmão deu um sorriso a cor do rosto voltou Da tanta felicidade meu pai num canto chorou Minha mãe disse a meu pai Meu velho não chore mais nosso filhinho sarou
Quando a noticia correu que a onça tinha voltado Um pelotão do ibama chegou lá em casa apressado Ao ver a fera e menino dormindo os dois abraçados O capitão comovido foi dizendo emocionado O ibama não libera mas o menino e a fera Vou deixar aos seus cuidados
Compositores: Joao Benedito Urbano (Tiao do Carro) (SOCINPRO), Jose Caetano Erba (Caetano Erba) (SICAM)Editor: Fortuna (UBC)Publicado em 2005 (12/Jul) e lançado em 1991 (15/Ago)ECAD verificado obra #38071 e fonograma #869063 em 29/Out/2024 com dados da UBEM