Meu rio pequeno braço líquido dos campos rodeado de barrancos corroído pelos anos Vai arrastando folhas mortas e Saudade por do sol de muitas tardes ilusões e desenganos Cruzando vales chapadões e pantanais bebedouro de pardais Branco espelho de luar O seu roteiro não tem volta só tem ida pra findar a sua vida na amplidão azul do mar
Riozinho amigo são iguais as nossas águas também tenho um rio de mágoas a correr dentro de mim Cruzando n'alma campos secos e desertos cada vez vendo mais perto o oceano de meu fim Riozinho amigo nasceste junto à colina era um fio d'água de mina que cresceu tão lentamente Margeando matas Ramagens juncos e flores passarinhos multicores seguiram vossa corrente
Riozinho amigo quantas vezes assistiu acenos de quem partiu encontro dos que chegaram Por testemunha de muitas juras de amor quantas lágrimas de dor suas águas carregaram Riozinho amigo sobre a areia Do remanso animais em seu descanso ali vem matar a sede As borboletas em suas margens se amontoam e depois alegres voam na amplidão dos campos verdes
A brisa encrespa o Seu rosto de menino como o mais terno e divino beijo da mãe natureza Lindas paisagens madrugadas coloridas encontros e despedidas seguem vossa correnteza
Compositor: Carlos Cezar/José FortunaPublicado em 2017 (11/Jul) e lançado em 2017 (15/Mai)ECAD verificado fonograma #13897456 em 11/Abr/2024 com dados da UBEM