Num saco de estopa com embira amarrado Eu trago guardado a minha paixão Uma bota velha um chapéu cor de ouro Bainha de couro e um velho facão Tenho um par de espora um arreio e um laço Um punhal de aço rabo de tatu Tenho uma guaiaca ainda perfeita Caprichada e feita só de couro crú
Do lampião quebrado só resta o pavio Pra lembrar o frio eu também guardei Um pelego branco que perdeu o pelo Apesar do zelo com que eu guardei Também o cachimbo do cano do longo Quantos pernilongos com ele espantei Um estribo esquerdo que guardo com jeito Porque o direito na cerca quebrei
A nota fiscal já toda amarela Da primeira sela que eu mesmo comprei La em soledade na casa da cinta Duzentos e trinta na hora paguei Também o recibo já todo amassado Primeiro ordenado que eu faturei E a minha traia num saco amarrado Num canto encostado que eu sempre guardei
Pra mim representa um belo passado Da Lida de gado que eu sempre gostei Assim enfrentei um trabalho duro Eu fiz o futuro sem violar a lei O saco é Relíquia com meus apetrechos não vendo e não deixo ninguém por a mão Nos trancos da vida segurei o taco E o ouro do Saco e a recordação
Compositores: Jose Caetano Erba (Caetano Erba) (SICAM), Jose Plinio Trasferetti (Paraiso) (UBC)Editor: Latino Editora Musical Ltda. (UBC)Administração: Warner Chappell Edicoes Musicais Ltda (UBC)Publicado em 2004 (13/Fev) e lançado em 2004 (01/Mar)ECAD verificado obra #32251 e fonograma #797187 em 29/Out/2024 com dados da UBEM