Amarga saudade me atormentava Herança que eu tinha de vaga lembrança Me levou de volta à velha fazenda Onde vivi meu tempo de criança
Fiquei muito triste ao me constatar As transformações que fez o progresso Parece que tudo ali me faltava Desabava parte do meu universo
Não vi a moenda, não vi o monjolo E o carro de boi Chorei ao lembrar o tempo que se foi Quando minha infância ali passei
Hoje minha vida fica resumida Ao retrato triste Daquele tempo só saudade existe De tudo e de todos que ali deixei
Sentei sobre a margem do velho riacho Vi uma folha seca que a água levava Naquele momento percebi o quanto Com aquela cena me assemelhava
Me senti também uma folha caída Do galho de um tempo de glória passada Que na correnteza do destino ingrato Pra longe dali também foi levada
Não vi a moenda, não vi o monjolo E o carro de boi Chorei ao lembrar o tempo que se foi Quando minha infância ali passei
Hoje minha vida fica resumida Ao retrato triste Daquele tempo só saudade existe De tudo e de todos que ali deixei
Compositores: Joao Batista de Almeida (J. Almeida) (ABRAMUS), Luiz de Castro (ABRAMUS)Editor: Fortuna (UBC)Publicado em 1997ECAD verificado obra #177643 e fonograma #24027 em 29/Out/2024 com dados da UBEM