Enquanto todo mundo fala Não há ninguém pra escutar A voz rouca da certeza cala E esse desejo vem pra nos condenar
O que não tem explicação Sorrateiramente, bate em minha porta Eu fico zonzo, perco a razão Não há mais garantias De que a vida não seja uma grande piada
Eu vi você cair como uma pluma num chão empoeirado Eu vi você sair em busca de enfeites pra decorar um lar despedaçado Eu vi você partir e não havia ninguém ao seu lado Eu vi você sumir tentando colocar sentido no abstrato
Se hoje o que é Já não é mais neste momento Amanhã então será Somente se algum dia ele chegar
Porque há sempre um convite A vida nos convida pra dançar Arrisco o meu sincero palpite Acho que temos que aceitar
Cortar pela raiz a língua do desprezo Porque dentro de nós não cala a voz que mais tememos É sempre primavera no coração dos desatentos Mesmo a flor mais bela murcha com o tempo
No poço de águas prateadas que reflete a lua A verdade escancarada ecoa nua e crua É sempre primavera no coração dos desatentos Mesmo a flor mais bela murcha com o tempo
Compositor: Luciano Jose Alves (Luciano Alves) ECAD: Obra #13646810