Rantaigne Vivia na lama, de parceria com o crime Filho de uma boa dama com um burguĂȘs bandido Cruz de Jesus sobre a mesa E ao pĂ© do livro o menino pensativo Se perguntando qual a surpresa Que lhe reservara o destino Rantaigne, como era conhecido Rantaigne, herĂłi dos desvalidos Aos homens de boa tĂȘmpera arruĂna-se a fortuna, mas nĂŁo a coragem Sentir-se Ăștil Ă© uma benção Ser necessĂĄrio neste mundo Ă© ser solidĂĄrio Ao pĂ© da cama, trĂȘs juramentos na parede NĂŁo pertenço a este mundo de bacanas Ao menos, o que vejo em minha frente NĂŁo me interessa o ofĂcio pela grana, nenhum polĂtico me engana Serei poeta, um singelo passageiro nesta nave que nos leva por inteiro Rantaigne voltando para casa Rantaigne cresceu e criou asas CHORUS PĂ©s descalços, colhendo bitucas de cigarro Vida de percalços, malabares entre carros Mente criativa bolando soluçÔes alternativas Enquanto abstrai tudo que vĂȘ Ele acredita ver nascer No homem uma visĂŁo mais realista Rantaigne, o doido pacifista CHORUS Linda criatura, o homem que se vĂȘ escondido AtrĂĄs da ilusĂŁo que se chama carne, o paraĂso dos sentidos NĂŁo cometia o erro comum, de ver no exterior realidade Limpava o mundo por onde passava, vivia de caridade Rantaigne, todo sinceridade Rantaigne, homem de verdade CHORUS
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