É num baile de fronteira que a gente pode aprender Esse balanço safado de se dançar chamamé Tem que ter manha no corpo pra sapatear tem que ter Tranco de sapo baleado e jeitão de jaguaretê Tudo começou em corrientes num baile veja você Também se orelhava um truco que é um modo de se entreter Um ás que sobrou na mesa bastou pra coisa ferver A cachaça brasileira alguma culpa há de ter Se foi tiro ou cimbronaço, pago pra ver Deixa que venha no braço pra se entender Se o facão marca o compasso deixa correr Enquanto sobrar um pedaço vamo metê O gaiteiro era buerana não deixou o baile morrer Parou um valseado de seco e sapecou um chamamé Ficou só um casal dançando gritando oiga-le-tê Que por quatro ou cinco tiros não vamos se aborrecer Dançar na ponta da adaga não é tomar tererê Tem que cordear pros dois lados fazendo o poncho esconder Daí surgiu esse tranco que foi até o amanhecer Quanto mais corria bala melhor ficava pra ver Se foi tiro ou cimbronaço, pago pra ver Deixa que venha no braço pra se entender Se o facão marca o compasso deixa correr Enquanto sobrar um pedaço vamo metê
Compositores: Luiz Carlos do Nascimento Borges (Luiz Carlos Borges), Mauro Raimundi Ferreira ECAD: Obra #3058469 Fonograma #13627928