(Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo Florêncio afiou a faca para sangrar seu cavalo)
Florêncio Guerra das guerras do tempo em que seu cavalo Pisava estrelas nas serras pra chegar antes dos galos Florêncio afiou a faca pensando no seu cavalo Florêncio afiou a faca pensando no seu cavalo
Parceiros pelas lonjuras na calma das campereadas Um barco em tardes serenas um tigre numa porteira Pechando boi pelas primaveras sem mango sem nazarenas
O patrão disse a Florêncio que desse um fim no matungo Quem já não serve pra nada não merece andar no mundo A frase afundou no peito e o velho não disse nada E foi afiar uma faca como quem pega uma estrada
Acharam Florêncio morto por cima do seu cavalo Alguém que andava no campo viu o centauro sangrado Caídos no mesmo barro voltando pra mesma terra Que deve tanto ao cavalo e tanto a Florêncio Guerra
Compositores: Luiz Carlos do Nascimento Borges (Luiz Carlos Borges), Mauro Raimundi Ferreira ECAD: Obra #2248581 Fonograma #13628596