Quando o meu astral está esquisito É lá no boteco do Benedito Que encho a cara e fico bonito E pra casa eu vou falando abobrinha
Mas ontem eu cheguei, a mulher já veio me ofendendo E o trem ficou feio, eu fui dar um chute no seu joelho Ela desviou, eu perdi o galeio E caí de costas lá na cozinha
Ela desviou, eu me esborrachei Mas em seguidinha me levantei Mas pensei comigo, é dessa vez Que ela vai ver a viola em caco
Avancei de novo, mas não deu certo Ela saiu fora, eu passei direto E carquei a cara lá no concreto Não caiu telha e nem o teto Mas na parede eu fiz um buraco
Na parede eu fiquei entalado Levando chute por todos os lado Sogro e a sogra e meus cunhados Quebraram em mim um montão de prato
E eu com a parede sobre o pescoço Eu berrava fino e gemia grosso E no fim daquele grande alvoroço No corpo inteiro tinha caroço E doía até a sola do sapato
No outro dia eu pedi o desquite A mulher falou, você não me irrite É bom que você não me facilite Cala essa boca e abaixa o rabo
E eu que conheço a minha mulher Sei que ela é dose pra jacaré Acho que é melhor eu largar do pé É melhor fazer o que ela qué Se não qualquer hora eu vou pros quiabo
Compositores: Jose Dercidio dos Santos (Praense), Rui Rosario ECAD: Obra #40546 Fonograma #1762332