A noite abraça a campanha Aos olhos de um fim de dia O negro escuro da noite Na querência se estendia Encerro a lida do campo E o trato com a gadaria Apeio bem na porteira Chegando na pulperia
Num balcão de pulperia De cotovelo escorado Um buenas para o pulpeiro! Num saludo apaisanado A prosa se estende mansa Pra quem relembra o passado E o povo à dito em silêncio Soluça o berro do gado
Num balcão de pulperia Adonde o tempo olvidou No ciclo das quatro luas A saudade aliquedou Num balcão de pulperia Atento à face entretida Se amarga a prosa com mate Que adoça o amargo da vida Se amarga a prosa com mate Que adoça o amargo da vida
Dom cacho, almiro e facundo Rondando a tropa na vila Boiada de campo bueno Donde a pastagem perfila O rádio conta um aviso Que vem chegando as esquilas Vou centrar o fio da tesoura Me ajusto pra ganhar uns pila Vou centrar o fio da tesoura Me ajusto pra ganhar uns pila
Pulpeiro me dá uma canha E outra pra paisanada Pra eu firmar bem o pulso Golpeando a sorte cravada Numa cancha de fronteira No rincão da flor colorada No ser solito na noite Fundo de campo e de estrada
Num balcão de pulperia Adonde o tempo olvidou No ciclo das quatro luas A saudade aliquedou Num balcão de pulperia Atento à face entretida Se amarga a prosa com mate Que adoça o amargo da vida Se amarga a prosa com mate Que adoça o amargo da vida Se amarga a prosa com mate Que adoça o amargo da vida
Compositores: Jari Lourenzo Terres Junior (Jari Terres), Fernando de Souza Soares (Fernando Soares) ECAD: Obra #4179046 Fonograma #1668562