Uma carreta rangindo, ainda nessas estradas, Trazendo a história de um povo e uma bandeira hasteada. No mesmo tranco dos bois, chega de um tempo passado, Lerda e pesada pra venda, vai adentrando o povoado.
Marcas de cascos e rodados na mesma estrada de terra, Que n'outro tempo levou esta bandeira de guerra, Por este pago de léguas, de várzea e coxilha larga, Abrindo rumos à frente a comandar uma carga.
Uma parelha de pampas, outra buena de brasinos, Trazendo a força das juntas, juntas pro mesmo destino. (Dos que botam a mão na terra pra garantir seu sustento E carregam já puídas suas bandeiras no vento.) Bis
Vai perto a dor da picana, mais longe um cusco de atrás E a esperança no rastro de quem tem fé no que faz. Trazendo nessas carretas, vida e luta "acolheradas" E uma história mermando de tanto tempo e estrada.
Pra quem olhasse ainda hoje uma carreta e seu dono, Nem se daria por conta esse tamanho abandono... Aos que trazem seu destino e a vida na própria cara E a bandeira do Rio Grande na ponta de uma taquara.
Compositores: Luis Rogerio Marenco Ferran (Luis Marenco), Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira) ECAD: Obra #1081341 Fonograma #666698