Por estas voltas de campo andei cansando o cavalo Tocando o gado por diante mandando a vida pra frente Sabendo que o sul pra gente é bem maior do que tantos Tamanho os olhos dos outros querendo o verde dos campos
Andei rodando esporas sovando tantas badanas Trazendo junto dos tentos minha querência em rodilha Olhando a alma dos campos renascer junto as flechilhas Mesmo que o verde mais lindo fique pra lá da coxilha
Por estas léguas manda cavalo Mas vai tranqueando por diante Que o mango vem de regalo
Mas ando sempre no tranco que minha prosa agüenta Pois meu gateado sustenta as coisas quanto ele quer Se tem o mundo por conta coiceia a chirca e se some Trocando a lida de ponta perdendo a doma dos homens
Pra quem olha-se depois duas estampas pacholas Levando o verde nos olhos e a querência a bater cola Nem se daria por conta que o sustento vem da gente E só bebe a melhor água quem descobrir a vertente
Só quando a lida me deixa descubro o mundo que eu vejo Um pouco além da coxilha tão as coisas que eu desejo Pra dizer bem a verdade são bem iguais as daqui Mas sempre canso o cavalo só pra dizer que eu vi
Compositores: Luis Rogerio Marenco Ferran (Luis Marenco), Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira) ECAD: Obra #30964438 Fonograma #25656