Há um sorriso de lua, "quarto-crescendo" no céu Se escondendo no chapéu, de ventos já desabado Frente ao olhar que retoma, que é um vistaço no dela Mirando desde a cancela, um sonho do mês passado
Mais uma vez me entrego, de alma e de coração Dando rédeas pra razão, que às vezes bota maneia Preparo trança de doze, bombilhas de prata e ouro Pra ir luzindo no couro, caso a lua fosse cheia
Amar é desencilhar, quando se chega em visita Depois soltar as desditas, pra um fundo de invernada Tomar um mate cevado, com poejo e boas vindas Olhando os olhos da linda, matar a sede da estrada
Quem anda de alma estradeira, "às vez" se perde de si Por isso que hoje parti, bombeando a lua de perto Direito a um rancho "nas lavra", onde mora o bem querer Motivo pra se estender, num trote de rumo certo
Sabe Deus que me conhece, faz um "punhado" de anos Que eu tenho feito meus planos, e a coisa já andou feia Que ia ser bem bonito, eu mostrando a noite bela Pra minha linda na janela, caso a lua fosse cheia
Amar é buscar mais lenha, pra o fogo na madrugada Depois de mate e estrada, de sonho e alguma razão E entregar toda alma, sem rédeas e sem aviso Acostumando um sorriso, às baldas de um coração.
Compositores: Luis Rogerio Marenco Ferran (Luis Marenco), Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira) ECAD: Obra #1325326 Fonograma #1209887