Quando os ventos de setembro, aguçam o instinto das feras E a novilhada retoça, pelo cio da primavera
Covas de touro se abrem, florescem trevos no meio E tauras travam combates, pelo poder do rodeio
Um touro pampa de marca, mandando terra pra cima Outro touro pĂȘlo osco, por contragosto se arrima
Dois tauras por excelĂȘncia, duas tormentas a frente Juntando forças de campo, pra desaguar numa enchente
Nos quatro esteios das patas, eu monarqueava meu posto Prenunciando pĂȘlo e sangue, que a espora conhece o gosto
"O mouro nem escarceava, atento ao mundo da volta E os meus quatro ovelheiros, formavam a guarda da escolta Depois da luta firmada, e as armas postas pra querra Aspas de ponta de lança, lombos curtidos, de terra"
Torenas assim se pecham, como se fosse um ritual Pelear pra sobreviver, ou por um simples ideal
NĂŁo param nem pelo mango, nem nos encontros do mouro Peleiam por serem tauras, por seu instinto de touro
Depois cansados tranqueiam e vĂŁo seguir seus caminhos Deixando covas abertas, pra um avestruz fazer ninho
Compositores: Luis Rogerio Marenco Ferran (Luis Marenco), Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira) ECAD: Obra #176361 Fonograma #392001