Quando a palavra precisa Da boca pra ganhar asas Tem sempre um beijo guardado Pra esconder o que ela traz. Tem sempre um lindo sorriso Que sabe estancar a dor... ...Porque a saudade faz parte Da alma de um sonhador.
Cuidamos uma palavra Pras horas que se precisa Quando a voz tem sua vontade E por si se realiza... E pode, por mal falada Ter sua garra afiada Deixando a vida marcada Se o corte não cicatriza.
Tem vezes que a gente chora Por coisas que nos habitam Que ficam dentro da alma Olhando a vida de longe. Tem vezes que o sal dos olhos Deixa a tristeza correr... Mas as lagrimas são minhas E de quem as merecer.
Quando a palavra incomoda (Talvez por ficar tão presa) E se acostuma ao silêncio Que volta e meia impera. Os olhos voltam pra si, O sorriso desencanta... ...Pela voz que a alma trouxe E morreu junto a garganta.
Talvez por serem de tantos E tantas vezes falada A palavra traz a sina De às vezes não dizer nada. Mas quando menos se espera Fala a sua vontade Deixando dentro da boca Um gosto ruim de saudade.
Tem vezes que a gente chora! Mas da boca pra fora... ...não fala nada.
Compositores: Luis Rogerio Marenco Ferran (Luis Marenco), Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira) ECAD: Obra #30964472 Fonograma #1326648