Senti um nó na garganta Quando saí da querência Tantas memórias recuerdo Que a alma velha acalanta E passam despercebidos Só se fazendo presentes Quando a saudade maleva No peito sente a distância
Acácia velha da estância Do adeus da minha partida Esperançavam um retorno Com flores amareladas No galpão dos meus arreios Pelas guascas engrachadas Domavam potra da alçada No lombo dos meus anseios
Refrão Quando mirei as esporas Estrelas largas de sonhos Pelas formas das rosetas Senti que a vida aragana Também rodava despersas Como os destinos imersos Nas tristezas das partidas E alegrias dos regressos
Cada pedra do terreiro Relembrava qualquer coisa De algum passado remoto Num recurdo caborteiro E alma velha da estância Gritava em todos os lados Em contra-pontos calados Aos berros das minhas ancias
Da tropilha do destino Embuçalei a saudade Que já vinha laço a fora Na mangueira da minha alma Não tive sorte na doma E hoje é potro caborteiro Que corcoveia no peito Quando o recurdo retoma
Refrão 2x
Compositores: Zulmar Benites de Oliveira (Zulmar Benitez), Guilherme Araujo Collares da Silva (Guilherme Collares) ECAD: Obra #617820 Fonograma #850851