Quem traz em si o caminho que é novo cada momento tem na inconstância do vento o destino que lhe cabe. Nem mesmo o destino sabe o porquê destas partidas das multiplas despedidas que o tempo nos apresenta.
Eu levo o sol no destino e a sombra por desafio um azul de céu imenso e duas margens de rio. Um passado e um presente que dimensionam meu tempo um adeus de lenço branco que ficou no esquecimento.
Quando parti levei sonhos eo coração do avesso as palavras de um verso que eu só fiz o começo e um baú de lembranças de falso ouro, sem preço.
Pensei que fosse mais fácil emoldurar o passado num retrato amarelado antigo quanto a saudade. Quando se partem as metades um lado procura o outro o que vai é o recomeço o que fica morre aos poucos.
Na hora em que a alma dorme -no tempo de cada um- a saudade é tão comum como a de estar ausente. Já não germina a semente que o solo se oferece somente os sonhos são férteis em terra que nada cresce.
Compositores: Luis Rogerio Marenco Ferran (Luis Marenco), Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira) ECAD: Obra #201586 Fonograma #859768