Eu evoco um tempo antigo De rigores mais amenos De cavalos caborteiros Mas todos loucos de bueno.
Eu evoco um tempo de antes Rodeio a grito parado Meta espora cerro a cima Meta cachorro no gado
Como olvidar um certo tourito pampa Com ruga e pua na guampa Refugando do fandango E a gente em cima Em rodeio de fronteira, O bicho nem que nao queira Vai pela tala do mango
Nem mesmo um touro chamado de delegado Tinha direito a refugo N'alguma grota de borro Aquela indiada nao afrouxava pra um touro Se nao voltasse no laço Vinha a dente de cachorro
Lembro o Anastacio E a gateada meio toso Cerro abaixo e um boi barroso Laçado na meia espalda Sabe onde iam? Iam parar no rodeio Por mais ventena que fosse O boi perdia esses bardas
E o Alemão Num bagual tostado troncho Sempre toldado em seu poncho Nem Deus sabe onde andará Em certa feita vinha com um touro no laço E o poncho vinha no braço Fazendo charachacha
Onde andará o Benito Com sua tordilha louca Alma recheando a boca Atras de um rastro de um grito Como olvidar um passado Que ainda faz parte de mim Por isso evoco esse tempo Antes que o tempo de fim.
O melhor daquele tempo Ahhh mocidade! Não senhor, não é pecado Ter saudade.
Compositores: Luis Rogerio Marenco Ferran (Luis Marenco), Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira), Antonio Augusto Brum Ferreira (Antonio Augusto Ferreira) ECAD: Obra #1646807 Fonograma #1209872