Se acabou a primeira sova do jeito mais desastrado rodou o amadrinhador num lançante esburacado -que bagual coroveador e meio louo eo bragado- deiou as pilhas do Almançor penduradas nos farpados
Que carreira mal havida deu o baio, meio focinho, mas o povo nas balizas dem que ganhou o douradinho. Ruzou de meio fiador se viu, foi trampa de fato. Na guaiaca o julgador e nem bateram retrato
São causos das noites grandees entre labareda e sombra Um pardo bate o bordão quem não conhece s assombra. Abre o livro do galpão e é da boca de um peão que este universo se alonga
Quem lida com touro brabo convém não andar om pressa. Ontontem no Parador, touro abichado na peça, um tiro de meia espalda foi que fez a poraria ranchou-se a égua gateada sem tempo de abrir a presilha
Bateram as huvas de junho bufando o ar de tragédia Norato encilhou o tordilho foi pra osta à meia-rédea Slvou o gado das enhentes e última vez que alguém viu trazia um guaxo na frente cruzando o meio do rio
O que eu trago dessa gente me toca seguir cantando Não me importa geografia, com vida de contrabando A guitarra que me ronda e um verso de quando em quando busco em aires de milonga ar pra seguir respirando...
Compositores: Luis Rogerio Marenco Ferran (Luis Marenco), Sergio Carvalho Pereira ECAD: Obra #1646770 Fonograma #1209864