Eu cheguei na guampa preta e já vi que estavam bailando Os pingo atado na frente e o mestre Ambrósio tocando E já andava guampa preta da sala para a cozinha Pois só faltava cincerros para ser égua madrinha
Eu canto desde potrilho e comigo não tem bobagem Ferrão de cochincho e punho e bóia de porco é lavagem Diz que o sapo é pelado e a cobra não tem pelo Mas eu vi uma muçurana tapadinha de cabelo De tanto que se arrastou pelou todo o cotovelo
Foi então que eu me agradei e me meti de paleta A cantar verso grongueiro no baile da guampa preta
Já fui capataz de tropa do coronel Chico Feio E esfolei todo sabugo correndo boi do rodeio Eu sou um índio vertendo e quando pego a "perigá" Eu mato sem fazer sangue e engulo sem mastigar
Eu nunca tive curtume guampa preta minha dama Mas se tu me der licença eu classifico essa courama E por isso guampa preta canto sem desmerecer Mesmo me enchendo de lenha não dou meu braço a torcer Se eu escapar da cadeia eu volto só pra te ver
Compositores: Jose Joao Sampaio da Silva (Joao Sampaio), Luis Rogerio Marenco Ferran (Luis Marenco), Iolanda Pillar ECAD: Obra #595803 Fonograma #1257481