NUM OLHAR DE QUEM SE VAI: O ronco simples de um mate na sombra de um paraiso semblante triste do aviso que ronda o ciclo que encerra do vento mesclado na terra um janeiro de mormaço resseca os tentos do laço deixando ao campo quem berra resseca os tentos do laço deixando ao campo quem berra
o pingo mouro da encilha nao ringe mais pai santo as botas de couro crú não garroneiam prateadas o pensamento na estrada não tem caminho nem fim e as rugas pialadas em mim são tombos na invernada e as rugas pialadas em mim são tombos na invernada
A linda pegou a estrada pros pagos beirando o céu ficando um gosto de féu que amarga junto à cambona o silenciar de cordeona com poeira na baixaria e o tranco largo dos dias suando junto à carona e o tranco largo dos dias suando junto à carona
o braço perde sua força pois nem a cruz a levanta do dia em que o sol descamba n'algum rumar balconeiro parece que o corpo inteiro ja castigado de andança escolhe o tipo da trança pra um cabrestiar estradeiro escolhe o tipo da trança pra um cabrestiar estradeiro
É a lida que se arremata na calma que ronda as casa é como água nas brasas que leva alma loleu ficando só um chapéu cobrindo a quina da porta e uma certeza já morta bombeando o rancho de céu e uma certeza já morta bombeando o rancho de céu.
Compositores: Juliano Marcio Gomes Avila (Juliano Gomes), Fernando de Souza Soares (Fernando Soares) ECAD: Obra #2906323 Fonograma #1569713