Andei passeando no teu sorriso E me esqueci de voltar, Perdi o rumo da estrada Por me guiar nesse olhar. Quem sabe um dia eu veja O que o olhar não entende, E descubra do meu jeito Porque teu riso me prende.
Meu olhos, claras vertentes Das coisas que a alma reflete, Basta um silêncio de noites Que a saudade se repete, E faz brotar lentamente Tristezas que a gente tem, Mesmo guardadas por dentro, Se mostram quando convém.
Às vezes, o sal dos olhos (Se a saudade não é pouca), Nos mostra um gosto amargo, Salgando o doce da boca. Às vezes, o sal dos olhos É uma lágrima sentida Que nos desce pela face Por uma fresta de vida.
Não sei porque esse jeito, Essa lágrima no rosto, Se, por um sorriso apenas, A boca adoça seu gosto, E tudo muda a seu tempo, Desfaz-se o que era triste, Silêncio, depois palavras E uma alegria que insiste.
Mesmo sem saber os rumos Que os olhos hão de me dar, Quero teu riso de perto Pra aprender a voltar, E depois saber da vida, Porque os meus olhos têm Essa lágrima sentida Pela saudade de alguém!
Compositores: Luis Rogerio Marenco Ferran (Luis Marenco), Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira) ECAD: Obra #567172 Fonograma #859749