Era um fim de dia quieto Para quem quisesse ouvi-lo Apesar do céu sangrando Alguns mateavam tranquilos. Foi quando cascos nas pedras E constâncias de esporas Quebraram o calmo das casas Chamando olhares pra fora.
Iam adentrando o povoado Quatro homens bem montados Três baios de cabos-negros Bem à direita um gateado. Ponchos negros sobre os ombros, Chapéus batidos na face Silhuetas desconhecidas Pra qualquer um que olhasse.
Traziam vozes de mandos Nas suas bocas cerradas E aparecendo nos ponchos Pontas de adagas afiadas. Olhavam sempre por perto Até mirarem um "ranchito" E sofrenarem os cavalo Onde um apeou solito.
Primeiro um rangido fraco Depois um grito "prendido" E a intenção da adaga Tinha mostrado sentido. E os quatro em seus silêncios Voltaram no mesmo tranco Deixando junto a soleira Vermelho num lenço branco.
Era mais um que ficava Depois que os quatro partiam Por certo em baixo dos ponchos Algum mandado traziam. Traziam fios de adagas E silêncios pra entregar... -era um gateado e três baios Foi o que deu pra enchergar!!
Ninguém sabe, ninguém viu Notícias viram depois. Alguém firmava na adaga Só não se sabe quem foi. E o povoado segue o mesmo Dormindo sempre mais cedo Dormem ouvindo o silêncio E silenciam por medo!
Compositores: Luis Rogerio Marenco Ferran (Luis Marenco), Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira) ECAD: Obra #30935988 Fonograma #666690