O tempo insiste, me cobra seu preço Das coisas que ontem a vida me deu Não sabe que a vida se mostra a seu modo Do jeito mais simples, que a alma aprendeu.
Me bastam silêncios, me apego a distância Cavalos de tiro e estrelas de esporas Um claro horizonte com rumo de estrada E vistas que alargam meus olhos de agora
Meu tempo é de hoje, pra sempre me leva No tranco do baio de cada manhã Pois domo meus potros com mãos de paciência E amanso a querência, prevendo o amanhã
Lembranças de um tempo que adoça a alma E amarga a saudade, teimando em marcar O hoje tem jeito de adeus e passado Que cruza depressa, sem desencilhar.
Componho meus dias, por esta existência Antiga e tao minha que ao tempo remoçam Meus olhos de estrada campeiam o amanhã Tentando ser ontem embora não possam
Meu pingo é de hoje, pra sempre me leva Na calma dos bastos, no tranco que tem Pois domo meus baios com jeito e tenência E cuido a querência, pra os dias que vem.
Compositores: Luis Rogerio Marenco Ferran (Luis Marenco), Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira) ECAD: Obra #455600 Fonograma #392251