Deixei o rancho solito pra um dia ganhar a estrada Meu rumo pela querência é donde a ponta mirada O pensamento descobre o descampado do mundo Depois que cruzo a canhada de fronte o campo dos fundos
O pingo da montaria troteando aos olhos do dia Que vagarzito se esconde do vento da noite fria E o casco aninha o silêncio nas pedras do corredor E o céu da noite se acampa nos ombros de um sonhador
Larguei solito pra pampa pois nela deixo meu rastro Pra caso um dia careça seguir a marca dos pastos Então é assim desse jeito que o campo me dá morada Formando assim as taperas e estes andantes da estrada
Eu tenho o corpo mesclado com a bendição deste campo E o campo invade a seu tempo a solidão do meu rancho A estrada acalma os olhares pra quem procura seu mundo Pois o destino é quem sabe quem vai ser um viramundo
A morte encontra meu pingo num tempo feio de agosto Bem quando um vento soprava me palpitando um desgosto Parece que a alma sabe e a noite mostra pra gente Pois abre os olhos do dia de um modo bem diferente
Larguei solito pra pampa pois nela deixo meu rastro Pra caso um dia careça seguir a marca dos pastos Então é assim desse jeito que o campo me dá morada Formando assim as taperas e estes andantes da estrada
Compositores: Jari Lourenzo Terres Junior (Jari Terres), Luis Rogerio Marenco Ferran (Luis Marenco), Fernando de Souza Soares (Fernando Soares) ECAD: Obra #4179071 Fonograma #1668561