Faz tempo que eu madrugo versos, quase sem querer Pra alma recordar seu jeito, de não te esquecer E trazer pra o redor do fogo, mais lembranças tuas Dessas que a gente depois das luas, cevava um mate pra amanhecer
Parece até que o mesmo mate, esqueceu seu gosto Depois que uma velha saudade, repontou teu rosto E um jeito que trazia o brilho, de um olhar moreno Chegou povoando meus sonhos pequenos, que tinham cismas de serem teus
Ah! Minha flor pequena, dessas que nascem pelos rincões Trazendo a graça das corticeiras, enfeita a tarde por ser tão bela Deixa meu sonho acordar o teu, e o meu silêncio te adormecer Quando a saudade vier me ver, com teu sorriso na minha janela
Sempre que meus sonhos tantos, saem por aí E levam junto minha alma pra perto de ti Eu guardo bem os meus silêncios por que eles sabem Que são só meus e que quase já não cabem, na casa grande do coração
E eu que andei tão distante, me encontrei em mim Sem mesmo perceber que a vida, pode ser assim Ter a graça de uma flor bonita, dessas corticeiras E ao mesmo tempo ser por inteira, aquilo tudo que já sonhou
Ah! minha flor pequena que traz guardada sonhos demais Deixa que a alma mostre teu rumo que anda hoje perto do meu Traz teu sorriso de flor vermelha, e aquele brilho do teu olhar Toda a saudade pra se matar, que o dia ainda não anoiteceu
Compositores: Luis Rogerio Marenco Ferran (Luis Marenco), Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira) ECAD: Obra #30936049 Fonograma #391954