Ando por aí, sovando um pelego, sobre um arreio bancando no freio o que a vida toda me der costado só pelo gosto de querer meu mundo inteiro no entreveiro, das quetro patas do meu gateado.
Eu busco um rumo que toda a vida outros seguiram... -De onde partiram, pra onde foram, nem sabe Deus? Eu vou por onde a minha alma "topá a parada" invento a estrada, se não der certo, "quem sabe é eu"..
Saber da vida, é pra quem tem tempo e sabedoria conforme o dia, deixo que a sorte mostre a verdade levo da estrada, só o que a poeira pra mim deixou pra onde vou, não vale a pena levar saudades.
Quem tem a alma, feita de estradas e coisas boas não anda á toa, nem traz "nos tento" laço emendado estende a armada de toda trança, volta e rodilha e da presilha, enxerga o pealo, lá do outro lado.
Eu sou assim, de lua e sol e de ventania na rebeldia de um potro que "inda" se amansa num dia desses, quando o setembro puxar do queixo de certo deixo, de ser estrada, pra ser lembrança.
De vez em quando, quando a estrada pede pousada numa aguada, eu desencilho, pingo e sossego é só um mate, jujos pra alma, pouca demora e estrada fora, sigo na vida, sovando um pelego.
Compositores: Luis Rogerio Marenco Ferran (Luis Marenco), Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira) ECAD: Obra #1187591 Fonograma #666671