Talvez, talvez algum dia eu possa voltar, ao pago bendito Talvez, talvez num domingo Me chegue ao tranquito do flete lobuno Ao pago querido, talvez num domingo
Talvez, talvez imagine, o rancho posteiro solito no campo Tapado de cores, o aroma das flores entrando nas frinchas E a deusa do templo com tento nas quinchas Saindo à janela pra ouvir os cantores
Talvez, talvez até o vento me fale do tempo Pra sempre perdido, talvez as chilenas Conversem comigo, de sonhos e penas
Talvez, talvez no açude de taipa rombada As garças serenas sonhando lonjuras Reflitam figuras nas ondas pequenas
Talvez, talvez no arvoredo de marcas antigas as próprias formigas Me contem segredos talvez num domingo, talvez num domingo
Eu passe na frente do rancho perdido Falando somente com o tempo e o pingo Depois dê de rédeas, ao nunca do olvido Talvez num domingo, talvez num domingo
Talvez, eu passe na frente do rancho perdido Falando somente com o tempo e o pingo Talvez num domingo, talvez num domingo
Compositores: Jayme Caetano Braun, Luis Rogerio Marenco Ferran (Luis Marenco) ECAD: Obra #197607 Fonograma #1073113