Todo esse verde nos olhos Que a casa mira de frente Me vem do sangue ancestral Dos olhos de minha gente Săo olhos de cinamomos Rincőes de mato invernadas Săo campos e várzeas largas Que seque além desta estrada
Meus olhos sabem do verde Pois ajudaram a cuidá-lo Săo mansos rondando tropas Ágeis montando cavalos Temem um tempo escuro Pois sabem de olhos fechados Que nunca foram do campo Nos olharem do outro lado
Todo esse verde estendido Que os meus olhos sabem ter Năo săo assim por acaso Săo verdes por merecer E assim por toda vida Văo sempre nos dar o păo No ciclo normal do campo Serăo dos meus que virăo
Depois da chuva que choram Meus olhos verdejam mais Pois trazem na cor da terra O gem que herdei de meus pais Pois o campo sabe o jeito De entregar-se ao amigo Empresta todo o seu verde Pra amarelar-se de trigo
Mas tem sempre alguem a olhar E a desejar nosso verde Rondam as margens do rio E morrem da própria sede Trazendo a dor e o escuro Afiando espinhos nos móreos Pois năo sabem que este verde Me vem do campo pra os olhos
Compositores: Luis Rogerio Marenco Ferran (Luis Marenco), Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira) ECAD: Obra #30936209 Fonograma #1174720