Eu hei de amar-te sempre, sempre além da vida Eu hei de amar-te muito além do nosso adeus Eu hei de amar-te com a esperança já extinguida De que meus lábios possam ter os lábios teus
Quando eu morrer permita deus que nesta hora Ouças ao longe o cantar da cotovia Será minh'alma que num canto triste chora E nessa mágoa o teu nome pronuncia
(eu viverei eternamente nos cantares Dos pobres loucos que dos versos fazem o ninho Eu viverei para a glória dos pesares Onde quase sucumbi nos teus carinhos)
Eu viverei no violão que a noite tomba Ante a janela da silente madrugada Eu viverei como uma sombra em tua sombra Como poesia em teu caminho derramada
Nem mesmo o tempo apagará nossos amores Que floresceram de uma ilusão febril e mansa Quando morrer eu viverei nas tuas dores Mas te levando em minha última lembrança
(eu viverei eternamente nos cantares Dos pobres loucos que dos versos fazem o ninho Eu viverei para a glória dos pesares Onde quase sucumbi nos teus carinhos)
Compositor: Luiz Alberto de Menezes (Luiz A. Menezes) ECAD: Obra #27846 Fonograma #589664