não há um luar que vem em vão que não deixe algum sinal no coração quando vêm aquelas noites de luar vêm assim tão deslumbrantes que prefiro ver o dia raiar
não há um luar puro e inocente sempre a chama é quente sempre queima a gente sempre é envolvente risco permanente
entorpece, dá o bote o seu veneno é muito forte não há um luar inofensivo que ilumine apenas sem outro motivo
é depois de alguma noite de luar que a paixão bate mais forte e nem sempre existe alguém pra se amar
não há, minha gente, oh não, luar só tão cândido, só romântico só lunático, só volátil sempre é um pouco além de onde alguém espera ver o bem
não há mais luar do tipo ingênuo que não deixe os seus encantos no sereno justamente nessas noites de luar quando o espírito fraqueja vem a lua ali tentando enfeitiçar
não há um luar de confiança mesmo na bonança, luz suave e mansa abre o foco e avança finge que é esperança pega quem quer ser feliz e lança o mal bem na raiz
não há um luar leal e amável que desperte algum desejo mais viável
lua, lua, sua história perpetua pena, tanta gente lhe cultua lua, lua, que do alto se insinua não se meta, fique aí na sua
Compositor: Luiz Augusto de Moraes Tatit (Luiz Tatit) ECAD: Obra #6730421 Fonograma #975415