To foragido, to na rua após a noite cair! O bar é o recanto para se alcoolizar, E a depressão te faz sorrir. Atira a vida através de um jargão, E faz discursos sem sentido sobre a sua opinião. Falando leve, andando leve, Porém dançando pesado, Pois é ali que desconta o que recebe Repetindo ritos que são entoados, Para na noite ter proteção,
E se repete a seguinte oração:
De conviquições aos porcos em uma tigela, Em forma de farelo filhos de cadela. Olhe pros tijolos que caem na nossa mente, Faz com que se desperte assim de repente. Recebendo chibatadas por sentir alegria, Não chame o comum de perversão, Se não conseguir parar de bater cabeça é sinal de psicodélica, Faz no nosso consciente passar um tufão.
Tragam sempre a min uma moça, Que tenha corpo escultural, E raciocínio de raposa, Fazendo eu ser um simples radical, Podendo viajar como uma mariposa,
E do vicio da noite faz viagem astral...
O chato é quando termina, E da para enxergar toda a chacina, Que acontece do lado escuro da mente, Com os olhos fechados é isso que se sente, Por isso nossas vísceras estão a retorcer: Pra que se vive, se depois vai morrer? E ter fé e esperança numa população, Que nos olha de cima abaixo, E nos chama de ladrão, Por isso nossas vísceras estão a retorcer: Pra que se vive, se depois vai morrer? E ter fé e esperança numa população, Que ajoelhado clama por perdão. Sou radical livre não me repreenda, E nem tam pouco me compreenda, Só me deixe aqui parado bem no meu cantinho, Pois é que eu traço o meu próprio caminho.