Tanto quanto a gente puder ver Tanto quanto a gente merecer
Tão certo quanto errado Tão reto quanto amassado Tão seco quanto molhado Tão quente quanto gelado Tão branco quanto preto Tão pinóquio quanto gepeto Tão mentira quanto verdade Tão sonho quanto realidade
Tanto quanto a gente puder ver Tanto quanto a gente merecer
Tão rico quanto pobre Tão lata quanto cobre Tão falso quanto verdadeiro Tão da rua quanto caseiro Tão indo quanto vindo Tão descendo quanto subindo Tão de pé quanto agaixado Tão contente quanto amargurado
Tanto quanto a gente puder ver Tanto quanto a gente merecer
Tão céu quanto inferno Tão quente quanto inverno Tão claro quanto moreno Tão remédio quanto veneno Tão escrito quanto falado Tão falante quanto calado Tão amargo quanto doce Tão certeza quanto quem me dera fosse
Tanto quanto a gente puder ver Tanto quanto a gente merecer
Tão contigo quanto só Tão solto quanto com nó Tão teu quanto meu Tão cristão quanto ateu Tão satisfeito quanto com fome Tão de família quanto sem nome Tão loucura quanto sensatez Tão exclusivo quanto mais de uma vez
Tanto quanto a gente puder ver Tanto quanto a gente merecer
Tão cegueira quanto visão Tão pecado quanto salvação Tão com grana quanto falido Tão mocinho quanto bandido Tão calor quanto frio Tão cheio quanto vazio Tão humano quanto animal Tão importante quanto banal
Não faz sentido o ar que eu respiro Acordar sem nem ter dormido Ver o sol ou ver a lua Na minha casa ou na tua?
Tanto quanto a gente puder ver Tanto quanto a gente merecer
Compositor: Paulo Roberto Berwanger (Kiko Berwanger) ECAD: Obra #30765621 Fonograma #27584610