Ei! segura as pontas e não deixa cair Engole o choro e vai, mas sem desistir! Quem sobe o morro descalço na esperança de ver O céu mais de perto, iluminando a favela E a fé que é pendurada em cada terço na janela Pra proteger E os olhos d'água, e as mãos calejadas Mantém o sorriso no rosto E a alma intacta fazendo o bem
Então não perde a compostura! Vai com calma se segura A estrada é de terra, eu sei, rastro de sangue e amargura Só não desista dos seus sonhos, não agora, falta pouco A viagem é cansativa, eu sei, mas vale a pena o sufoco Quando a verdade toma a frente da situação O que fora escondido hoje brilha mais que clarão
Procure a bondade em você O mundo só quer te cegar Então feche os olhos pra ver Que a luz vem do mesmo lugar De cada alma que brilha e a cada pausa no olhar Em cada peito que respira, no meio dos sopros de ar Iludindo vidas, sugando os falidos de paz E assim segue o ciclo da vida, seu roteiro mais perspicaz A sombra estreita da honra, só anda quem sabe o que faz No meio de tanta afronta, uma alma procura por paz
Compositor: Gabriel Dias da Rocha (Gabriel Diaz) ECAD: Obra #34492185 Fonograma #18307455