"Bombiando a tropa berrando tristonha pra um saladeiro Meu coração de tropeiro mugi nessa tarde fria Pois quem tropeia apaixonado não sabe se é noite ou dia. "
Parceiro me dá uma mão pra nós contar essa boiada São vinte noites de ronda inda falta muita estrada Mangueia aquele aspa torta que está solito na aguada Chama os guris pra culatra e raia com a cachorrada
Manda o Gentil pro fogão que tem mate e carne assada Ata a porteira do canto que essa boiada é safada Abre o cavalo da troca deixa ela redemuiar Vou cantar uma aquada antiga pra boiada se acalmar
Da bicharada que avoa a mais linda é a sariema Que quando canta parece que Deus recita um poema Da bicharada do mato o mais taura pelo jeito É o chupim que veste luto canta alegre sastifeito
Ronda, ronda, ronda, boi ronda de noite estrelada Ronda, ronda, ronda, boi saudade tropa na estrada
Lá se vem o sol saindo no rastro da madrugada São muitos dias de tropa inda falta muita estrada Deixem que o gado se estenda boi gordo não se judia Que hoje a pampa amanheceu lambuzada de poesia
Floxa a ponta que se vai ao tranco no corredor Bota o Vito de ponteiro e o Locádio no fiador Mês que vem quando eu voltar campeando rastro da amada Vem de Cincerro a saudade semblando coplas na estrada
Minha alma tá abasteriada meu coração doente vem Quem curar a minha alma cura o marvado também O amor é boi que pula tronco aramado e portão Também arromba porteira do campo do coração
Ronda, ronda, ronda, boi ronda de noite estrelada Ronda, ronda, ronda, boi saudade tropa na estrada
Saudade da minha amada
Compositores: Elton Benicio Escobar Saldanha (Elton Saldanha), Jose Joao Sampaio da Silva (Joao Sampaio), Erlon Pericles Borges Pires (Erlon Pericles) ECAD: Obra #3777357 Fonograma #1275414