Quando eu te trouxe do povo, acreditei de primeira Que nós ia se dar bem e tu não era interesseira. Eu te avisei que o meu rancho, era de leiva e capim, E disse que era agregado, que domava,era tropeiro, E, que eu tinha no tereiro: angola, pato e galinha Uma porca por dar cria, uma oveia e dez carneiro.
Quando eu te trouxe do povo, por Deus que eu acreditava Que tu seria uma piava rondando na minha ceva, E seria a mamangava zunindo no meu esteio. E a melancia madura pra mim comer só o vermeio. Mas foi tormenta de verão e me rebentou no meio Remexeu nos meus guardados e espedaçou meu coração
Moça Que Nasce No Povo, Só Nasceu Pra Ser Povoeira Não Se Acostuma Aqui Fora Com Madrugada E Mangueira Só Levanta A Meia Tarde, Dorme, Dorme Até Abichá, Esquenta Um Leite De Saco Com Um Café Enlatado E Arrecém Vai Trabalhá.
Se tu queria ir embora, era só me noticiá, Não precisava quebrar tudo o que eu tinha comprado: Um elefante aloucado que tinha no pichichê, Tu quebrou e botou fora - serviço bem sem patrão - E, as fitas que eu mais gostava, do Gildo e do Teixeirinha, Tu quebrou bem quebradinha e pôs no fogo do fogão.
Se é o meu adeus que te prende, então que te vajas bien O bom Deus que te acompanhe e o vento que te carregue, Pega tudo os teus tarecos e vai te arrancando daqui, Te tapa de bem- te-vi, antes que a foia te pegue.
Compositores: Sabani Felipe Tassinari de Souza (Sabani Felipe de Souza), Miguel Antonio Bica (Miguel Bicca) ECAD: Obra #1687370 Fonograma #941201