Manoelito Nunes e Nazaré

Isso Que É Vida

Manoelito Nunes e Nazaré


Vê minha gente
Quanta graça do infinito
Oi que milho mais bonito
Que beleza de feijão

Até o pasto
Tão viçoso e tão verdinho
Parece que tem carinho
Em tratar da criação

E o pomar
Sombreiro convidativo
Dá impressão que tem motivos
Pra cobrir o chão de flor

Todos os anos
Com seu jeito bem matuto
Se orgulha em dar o fruto
De legítimo sabor

Isso que é vida, minha gente
Isso que é vida
Vivemos no paraíso
Bem distante da cidade

Aqui na roça
Não existe correria
Vai a noite, vem o dia
Na maior tranquilidade

Ouço a cantiga
Dessa água cristalina
Que desce lá da colina
E vem formando caracol

Aqui dá gosto
De olhar pra toda a banda
De sentar-se na varanda
Para ver o pôr do sol

Aqui se toma
Leite quentinho da serra
O alimento vem da terra
Bem fresquinho e bem sadio

Quando o inverno
No horizonte se desenha
Temos o fogão à lenha
Pra nos aquecer do frio

Isso que é vida, minha gente
Isso que é vida
Vivemos no paraíso
Bem distante da cidade

Aqui na roça
Não existe correria
Vai a noite, vem o dia
Na maior tranquilidade

E esse silêncio
Essa brisa fresca e calma
Faz bem pro corpo e pra alma
E nem se fala em poluição

No mês de junho
Tem festança na igreja
Muita moda sertaneja
E arremate de leilão

E a criançada
Pode correr à vontade
Coisa que lá na cidade
Não se deve confiar

Sinceramente
Digo com toda a certeza
Que a paz é a maior riqueza
Que se pode conquistar

Isso que é vida, minha gente
Isso que é vida
Vivemos no paraíso
Bem distante da cidade

Aqui na roça
Não existe correria
Vai a noite, vem o dia
Na maior tranquilidade

Compositores: Israel Vilela Pinto (Israel Cabelereiro), Manoel Adao da Silva (Manoelito Nunes), Ledolina Neusa Santos da Silva (Nina Santos)
ECAD: Obra #3373710

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