Meu velho galpão querido que o tempo conservou E lá na estância ficou para lembrar o passado És um palanque cravado embelezando a paisagem Hoje me serve de tema que na memória reponto O que nesses versos conto vai pra ti minha homenagem
Lembro teu terreiro grande sempre limpo bem varrido Hoje sujo destruído os arvoredos secaram até as abelhas voaram te desprezando caudilho Parece que até me olhas e me fala comovente Eu estou muito contente porque voltaste meu filho
Este esteio bem no meio eu me lembro e hoje falo Onde amarrava o cavalo meu pingo de estimação Fazia fogo de chão com guarda fogo de arrueira Uma tarimba bem grande nela estendia o pelego Para ter o meu sossego depois da lida campeira
Eu já me vou meu galpão mas eu te dou garantia Que farei na cantoria uma homenagem especial Tu foi meu berço bagual colégio de formação E quando a morte vier deixo um pedido gravado Eu quero ser enterrado perto de ti meu galpão
Compositor: Joao Maria de Freitas Filho (Joao de Freitas) ECAD: Obra #808036 Fonograma #1392435