Quer dançar? Quer dançar? Então prepara. A maldição bateu, sambou, nunca mais pára. E tá na cara, a raiz tá cravada no chão, do tronco ao fruto com a nave-mãe fazendo a conexão. E sangue bom, eu disse, sangue bom tem coisas que invadem o coração, já disse João. Não, ninguém faz samba por que prefere. Sobre o poder da criação força nenhuma no mundo interfere. E fabricado em série é o curinga do baralho. Resistência cultural: Casa do caralho. E passo-a-passo foi tomando conta de mim, é coisa fina, DJ com tamborim. Fortaleceu meus braços, abriu minha cabeça, um ser humano digno aconteça o que aconteça. Hip-hop Rio, um punhado de bambas, e sabe o que que é isso? A maldição do samba A maldição do samba (4x) O gringo subiu no morro e bebeu cachaça, fumou maconha e obteve a graça. Depois do samba sua vida nunca mais foi a mesma (2x) ("Show Time") A batida arregaça o melhor som da praça, o grave racha o muro e o agudo quebra a vidraça. Na vida tudo passa, não há nada que cê faça, mas rima após rima não é de graça ("Show Time") Agora sabe como é que é? Samba no pé. Samba. Samba no pé. A percussão eletrônica e a favela na internet. O coco é enlatado e a banana com chiclete. A maldição do Samba (4x) O "flow" é na batida e o relógio tic-tac. É papel e caneta e coração deu piripaque. Globalizado ou não, mantenho meus laços. Do hip-hop ao samba é compasso por compasso. Nem feliz, nem aflito, nem no lugar mais bonito, nada maisinterfere no quadro que eu pinto. A bênção à velha-guarda, o samba de terreiro. A maldição te pega no Rio de Janeiro. A maldição do Samba (4x) "Essa daqui ó, essa daqui, é a maldição do samba" (Tá legal, tá legal, eu aceito o argumento. Mas não me altere o samba tanto assim)
Compositores: Marcelo Maldonado Peixoto (D2), Jose Henrique Castanho de Godoy Pinheiro (Ze Gonzales) ECAD: Obra #12569283