No clarão de Zambiapungo Malungo deitou pra Tempo Macura Dilê, meu dengo Tempo macura Dilê
Quem curou a dor do mundo No tronco da gameleira Fez mingau de carueira Canjica no Canjerê Bota o mel no coco verde Não breca o bote da onça Chama o caboclo de lança Faz moqueca pro erê
No clarão de Zambiapungo Malungo deitou pra Tempo Macura Dilê, meu dengo Tempo macura Dilê
Não sabe onde o sonho cessa Quem na mata a fera amansa Pra vida bate cabeça Dribla a morte enquanto dança Alimenta o tambor Dá o doboru de Kavungo Mugunzá e orobô Pra curar a dor do mundo
No clarão de Zambiapungo Malungo deitou pra Tempo Macura Dilê, mеu dengo Tempo macura Dilê
E se tivеr com muita água, é só deixar Tempera ele e deixa ele cozinhar que ele vai apurando, tá? Sem tampa, com a panela destampada (One more time)
Tempo espalha a semente E o pão que a mão amassou Passado ampara o presente Futuro é de quem lembrou E sabe que o tempo passa O tempo nunca adormece Zaratempo só abraça Quem no tempo permanece
No clarão de Zambiapungo Malungo deitou pra Tempo Macura Dilê, meu dengo Tempo macura Dilê No clarão de Zambiapungo Malungo deitou pra Tempo Macura Dilê, meu dengo Tempo macura Dilê Macura Dilê, meu dengo Tempo macura Dilê
O que eu vi, sou eu O que eu senti, que eu sofri, sou eu Sou eu quando eu quero, até quando eu não quero ser Por isso, eu só morro quando o meu samba morrer Sou eu andando fora da linha Sou eu andando nos trilhos Sou eu no sorriso dos meus antepassados E também no sorriso dos meus filhos Sou eu na dor e no prazer Por isso, eu só morro quando o meu samba morrer Eu sou a força da minha mãe e a fraqueza dela também Sou a alegria do meu pai e a tristeza dele também Sou novo, tradição, sou rap, samba no pé Soldado filho de Ogum, certeza do meu axé De tudo que passou por mim, eu sou o que eu posso ser Por isso, eu só morro quando o meu samba morrer
Compositores: Luís Antônio Simas. Marcelo Peixoto, Vinicius Leonard Moreira