Sobre os meus passos ninguém pode se guiar Os pés de bamba sabe aonde me levar Pastores arrebanham seus fiéis, eu daqui só ouço as vozes dos cruéis Mais uma tempestade se desaba Enquanto isso os justos e os bons não falam nada De branco os ingênuos soltam pombos, mas há de surgir um herói entre os escombros Eles me pedem calma (Calma) Logo ao homem que não vendeu a sua alma (Não vendeu a sua alma) Sem paranoia, sem culpa, sem trauma mas eu não posso bater palma Vendo o ódio crеscer, tanto ódio pra quê? Alguns já parecem vеr, mas poucos podem compreender Que eu só morro quando o meu samba morrer
Então brother, pode crer Ouça bem o que eu vou te dizer O homem que não vendeu sua alma só morre quando seu samba morrer O homem que não vendeu sua alma, brother Pode crer O homem que não vendeu sua alma só morre quando seu samba morrer
Olha zunido, assobiou Rompeu o couro caxambu Apita, curió Leva Ng'oma, leva nas ondas ou na pegada Olha zunido, assobiou Rompeu o couro caxambu (Olha quem piou) Apita, curió Leva Ng'oma, leva nas ondas ou na pegada
Vários soldados Não somos vendidos, somos os que vendem muito Tipo uma fila lotada na frente da loja esperando lançar o produto Onde todo dinheiro do mundo pode te levar? O que ele pode te levar? Nós viemos da lama Não podemos nos sujar Nunca por causa de notas e bundas Nunca serão Judas, é Pra cima dos impostores Assim giram os meus tambores Fazendo parte de um pequeno grupo de manos que giram milhões na conta Querendo criar um grande grupo com milhões de manos com milhões na conta Quando os mais novos olharem pra tu vão se orgulhar? Ou só mais um cara que correu sozinho e não ajudou um irmão a sair do lugar? Sem agir igual rato ou vender a alma Porque o diabo já olhou na minha cara e falou: "Bk', tu não vale nada"
Olha zunido, assobiou Rompeu o couro caxambu Apita, curió Leva Ng'oma, leva nas ondas ou na pegada
Alma grita, se exalta, sente falta Tem sangue nas mãos e ainda bate palma Digita e o sangue se espalha Ninguém paga o pecado se o ódio é de graça Falso é quem vira fã de farsa 'Cês são roupa de hype, Exu do Blues é traça Pivete doido gritando "quebra taça" Foda-se a polícia e um brinde à minha raça Avisa pro diabo: eu não assino essa disgraça Pão e circo é o caralho, eu tô com fome e não achei graça Preto morre e 'cê reclama da vidraça? Me passa a pedra, Golias mudou de cara
Eu quando mulher, enquanto colher Vou colher e mexer-a Mexer nos panelões Os quadris para olhos vis Nos galpões, de variáveis sensações Varia o meu corpo dentro Sangro em movimento Transformo o mundo, assumo Não admito, não morro no morro Minha matéria finda mas a espírita é infinita em gerações Enquanto mulher, gente, bicho, bicha, borboleta, flor Não morro enquanto for vista a minha cor
Olha zunido, assobiou Rompeu o couro caxambu Apita, curió Leva Ng'oma, leva nas ondas ou na pegada Olha zunido, assobiou Rompeu o couro caxambu Apita, curió Leva Ng'oma, leva nas ondas ou na pegada Olha zunido, assobiou Rompeu o couro caxambu Apita, curió Leva Ng'oma, leva nas ondas ou na pegada Olha zunido, assobiou Rompeu o couro caxambu
Compositores: Abebe Bikila Costa Santos (Bk Nectar) (UBC), Anelis Brigo de Assumpcao (Anelis Assumpcao) (UBC), Cristiano Dinucci (Kiko Dinucci) (AMAR), Diogo Alvaro Ferreira Moncorvo (Baco Exu do Blues) (UBC), Jucara Marcal Nunes (Jucara Marcal) (ABRAMUS), Marcelo Maldonado Peixoto (Marcelo D2) (UBC), Vinicius Leonard Moreira (Nave) (ABRAMUS)Editores: Ala Comunicacao e Cultura (UBC), Altafonte Brasil (UBC), Ma Ninja (UBC), Sony Music Publishing (UBC)Administração: Altafonte Brasil (UBC), Sony Music Publishing (UBC)Publicado em 2020 (09/Set) e lançado em 2020 (25/Set)ECAD verificado obra #27502173 e fonograma #21945988 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM